O filme hispano-argentino 'Un cuento chino', Goya para melhor filme ibero-americano
O filme do argentino Sebastián Borensztein, protagonizado por Ricardo Darín, vence o Goya de melhor filme ibero-americano, encerrando assim as opções para o prémio do cubano 'Bilhete para o Paraíso', do mexicano 'Miss Bala' e do chileno 'Violeta se fue a los cielos'.
Os membros da Academia Espanhola de Artes e Ciências Cinematográficas finalmente optaram pelo filme argentino Um conto alto, do diretor argentino Sebastián Borensztein, contra o cubano Bilhete para o paraíso, de Gerardo Chijona e o mexicano Senhorita Bala, de Gerardo Naranjo e o chileno Violeta foi para o céu por Andrés Wood.
O protagonista do filme, Ricardo Darín, que participava de uma cerimônia de Goya pela primeira vez, agradeceu a Borensztein pelo prêmio em nome de Borensztein, que não pôde comparecer a Madri.
Produtor executivo Juan Pablo. Buscarini comentou ao Panorama Audiovisual, após receber o Goya, que este prêmio "é um reconhecimento do cinema de boa qualidade feito dos dois lados do Atlântico, unindo forças em tempos de crise. Como tantos outros filmes que temos vindo a fazer (O Filho da Noiva, O Segredo Aos Seus Olhos...), são filmes que são reconhecidos tanto aqui como na América do Sul como filmes que são reconhecidos pelo público e que são filmes de qualidade. Por vezes, é difícil conseguir essa combinação entre cinema de qualidade e cinema comercial, mas ambos os aspetos não têm de ser dissociados, por vezes conseguem-se. O sentimento entre os dois países é tão semelhante e tão homogéneo que não é muito difícil conciliar o trabalho entre locais tão distantes, estamos muito habituados a isso. O filme tem funcionado muito bem tanto aqui como na Argentina e no Brasil, foi lançado em França, Alemanha, Itália, a verdade é que é um filme privilegiado".
Por sua vez, Gerardo Herrero disse que "coproduzir com a América Latina é algo que é muito comum e sabemos como lubrificar esse maquinário para que ele funcione. Não é assim tão fácil, porque no início percebemos onde devem estar os sotaques e cada filme é um protótipo diferente que é preciso abordar de forma diferente, porque as personalidades do realizador modificam quais são as equipas próximas e como fazê-lo da melhor forma possível. Às vezes acertamos e às vezes erramos."
Os franceses O Artistado realizador Michel Hazanavicius, ganhou o prémio de Melhor Filme Europeu, superando Um Deus Selvagem (Carnificina) pelo franco-polaco Roman Polanski, ao estilo dinamarquês Melancolia de Lars von Trier e os britânicos Jane Eyre por Cary Fukunaga.
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